Perguntas mais frequentes sobre nossa Rede ::..






1) Qual o principal objetivo da Rede Anglicana Pró Diversidade e Pela Paz? 

O principal deles é unir esforços e trocar experiências entre as diversas comunidades anglicanas, ligadas à IEAB (Igreja Episcopal Anglicana do Brasil), no tocante ao combate a toda forma de intolerância ou preconceito e aos esforços pastorais em prol da inclusão de todas as pessoas na Igreja. O segundo, semelhante a esse, é deixar claro para aqueles e aquelas que se aproximam (ou estejam querendo se aproximar) quais os ambientes onde se poderá servir a Deus e à própria comunidade com os dons oferecidos pelo Senhor sem ser discriminado ou meramente 'tolerado' desde que permaneça em silêncio ou "sem muitas evidências" do que seja diante de Deus. Em outras palavras: identificar claramente as comunidades onde haja indispensável manifestação dos dons de acolhimento, respeito e serviço para todas as pessoas, não importam as adjetivações que o mundo (os que não conhecem a Deus) tenha dado. A Rede quer ser apenas uma ferramenta, em meio a tantas outras, que venha facilitar a identificação no cumprimento do Santo Evangelho: "a minha Casa será chamada Casa de Oração para todas as gentes!". Todas são todas as gentes, mesmo!

2) Esta Rede nasce como desejo do clero ou é alguma coisa ligada a uma paróquia em especial?

Nossa Rede Anglicana pró-diversidade e pela paz é um movimento de leigos, de várias comunidades (sejam elas paróquias, missões, pontos missionários, capelas, etc), que conta com o carinho e as orações de clérigos também, todos num só e mesmo espírito na concretização daquilo que nos é caro: respeitar a dignidade de todas as pessoas. É o que afirmamos, solenemente, todas as vezes que renovamos nossos votos batismais, conforme nos orienta o Livro de Oração Comum de nossa Igreja.

3) O que vocês entendem como “prometer respeitar a dignidade de todas as pessoas”?

Prometer respeitar a dignidade é fomentar um ambiente (a começar dentro do próprio coração) facilitador para reconhecer no próximo, independentemente de adjetivação ou rótulo, que ele merece gozar os mesmos direitos que eu. Como promessa ou voto, vale aqui a orientação bíblica contida no livro de Eclesiastes:

“Melhor é que não votes do que votes e não cumpras”(Ec 5,5)

Em outros termos, é melhor não renovar solenemente a aliança dos votos batismais ou buscar renovar omitindo a promessa de que defenderás a dignidade de todas as pessoas do que, solenemente, prometeres e não moveres um dedo para defender a dignidade de teus SEMELHANTES. Obviamente, omitir a parte mais "evangélica" (na essência do Evangelho) de nossos votos não é o papel de um anglicano quanto menos ainda de um cristão, aprendiz de Jesus dos Excluídos e Marginalizados de Nazaré.

É justamente porque somos tomados por uma nova consciência em Cristo de que “já não há mais judeu ou grego... pois todos somos um no Senhor” que as adjetivações que possam nos desnivelar em grau de importância diante de Deus se desmancham. Somos iguais. Temos os mesmos direitos justamente porque fomos alvos de um só Sacrifício Perfeito realizado por um só Senhor, uma única vez, para sempre, na Cruz.

4 Todos já alcançaram essa nova consciência em Cristo? 

Não, infelizmente. No entanto, cabe-nos o anúncio pelo testemunho de nossas ações em prol da inclusão de todas as pessoas. É justamente isso que a Rede deseja realizar, irmanada com outras comunidades anglicanas ligadas à nossa Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB).

5) E o que mais vocês pretendem?

Além disso, nosso desejo é cooperar para ajudar a todos aqueles que nos procuram buscando uma comunidade na qual possam se envolver, crescer em Graça e desenvolver seus dons e talentos para a glória de Deus, sem ser importunados por serem quem são, na verdade de seu próprio ser. Todas as comunidades serão divulgadas, bem como seus endereços, nome do pároco, e-mail de contato, site na internet, etc. A identificação dessas comunidades como "abertas à inclusão" será de vital importância para todos estes que nos procuram. Por isso mesmo, cada comunidade receberá um banner personalizado com o selo de nossa Rede.

6) A proposta então é permanecer nessa extraoficialidade ou futuramente pensam em algo mais "oficial"? Há algum risco de o objetivo principal ser desvirtuado e o nome de minha comunidade acabar, de alguma firma, conectado a anseios que não nos correspondem enquanto igreja?

Por enquanto caminhamos na extraoficialidade, até porque ainda estamos na fase de implantação com a adesão das comunidades parceiras em prol da "causa da inclusão" na IEAB. Num universo macro, somos menos de 10% das paróquias, ou seja, um nº muito pequeno e que explica o porquê de precisarmos nos firmar por um bom tempo. Os objetivos são todos os que encontram-se descritos aqui, sem aumentar nenhum deles. Futuramente, nossa intenção é dar "corpo", é documentar a Rede e apresentar num nível mais provincial com o compromisso dos signatários em prol da proclamação do Evangelho sem reservas a todas as pessoas, respeitando o que o Livro de Oração Comum já nos ensina no tocante ao respeito e à defesa da dignidade de todas as pessoas. Assim será o documento formal que dará "corpo" ao que futuramente, querendo Deus, poderá vir a ser algo mais oficial. Neste momento, somos apenas um grupo de comunidades irmanadas buscando trocar experiências e facilitar o mapeamento dos locais para onde vidas desejam servir ao lado de muitas outras. Nada além disso.


7) E quanto àquelas comunidades anglicanas mais conservadoras que ainda não se sentem confortáveis em incluir essas pessoas, por algumas razão?

Se, por exemplo, no contexto da diversidade sexual, uma comunidade apenas tolera a presença de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais em seus ambientes porém negando-lhes com isso o direito de serem canais de bênção no meio do povo de Deus (tal como seus irmãos heteroafetivos),  não há como fazer parte da Rede em prol da diversidade. É preciso ir além e se comprometer como lugar seguro, Casa de Oração para todos os povos e todas as gentes (sem exceção), buscando se identificar com a subversão que o Santo Evangelho promove dentro e fora de nós, justamente porque não se alicerça sobre leis ou a moral dos homens, mas apenas sobre o Poder de Deus. Evangelho que é Evangelho nasce em Deus e para Deus retorna sem qualquer tipo de alicerce humano. É totalmente de Deus; nós, apenas cooperadores de Cristo no anúncio que realizamos em nossas vidas, por nossas ações.
 
8) Vocês da Rede são a favor do matrimônio igualitário na IEAB?

Sim. Buscamos promover uma nova consciência em Cristo no sentido de proclamar que todas as pessoas merecem ser acolhidas e amadas, bem como merecem acolher e amar. Igualmente, também buscamos por todos os meios legítimos, canônicos e com os inúmeros recursos teológicos, instruir a comunidade no respeito a dignidade de todas as pessoas, o que vale dizer também de seus direitos. O direito ao santo matrimônio, sob a bênção de Deus, é um desses direitos que qualquer casal anglicano merece ter. Evidentemente, no caso do matrimônio igualitário, sabemos que a voz dos leigos em nossa Rede precisa ecoar nas Comissões de nossa Província que venham examinar a matéria. A própria existência da Rede, sem dúvida alguma, já será um sinal a ecoar em muitos corações.  


9) Há algum compromisso que as comunidades parceiras nesta Rede precisam se empenhar? Qual seria?

Listamos estes cinco pontos fundamentais para poder se engajar em nossa Rede:

I - Amar sem impor condições; 

II - Reconhecer que, pela Graça, somos todos alvo de um “favor imerecido”;

III - Discernir que o meu pecado não é menor ou maior que o do meu próximo;

IV - Saber que, se há lugar para mim, há lugar para meu próximo também;

V - Defender, como fruto da Graça que nos nivela todos, a dignidade de meu próximo.



10) Como se faz para incluir uma comunidade anglicana nesta Rede?

Fácil. Basta-nos enviar um e-mail para anglicanosdobrasil@gmail.com ou nos enviar mensagem inbox pela página do Movimento Episcopaz nas redes sociais (facebook ou twitter).


SAIBA POR QUE E COMO PARTICIPAR ACESSANDO (TAMBÉM) ESTE LINK:

http://episcopaz.blogspot.com.br/2014/04/uma-rede-de-parceiros-em-prol-da.html





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